quinta-feira, 1 de outubro de 2009

COMO UMA BORBOLETA!

Caminho ao vento, e sinto no relento, a suave brisa a acariciar os meus cabelos. Nada sinto a não ser a certeza que a mim, Deus concedeu a felicidade de poder novamente recomeçar.
Vejo na escuridão um medo que eu, no tempo, perdi. Vejo os rostos desfigurados que me olham com assombro. Olham-me com desprezo por não compreenderem a minha angústia esquecida. Olham-me com rancor, afinal, já consigo andar com os meus próprios pés.
Caminho ao vento numa noite escura. Meus passos marcam na areia, com pegadas pequenas e ainda um pouco inseguras, o meu renascer, a minha vontade de ser transformado, de ser renovado.
Vejo nos olhares de muitos a covardia que antes, também era minha.
Vejo a falta do carinho, a falta do respeito, a falta do amor... Vejo o fim que de alguma forma, também seria o meu.
Caminho ao vento! Penso, reflito! Será que vale a pena deixar tudo para trás? Será que aquela alegria era realmente a minha alegria?
Caminho ao vento! Em determinado momento da minha longa caminhada paro. NÃO! Não olho mais para trás. As marcas do meu passado foram esquecidas num tempo sem esperança, num tempo onde tudo o que me fazia feliz era a minha infelicidade camuflada e sem sentido. Agora, quero ser livre e como uma BORBOLETA, voar alto e gritar que hoje, sou um jovem restaurado. Hoje, posso sentir o vento acariciar os meus cabelos no meu novo caminhar. Posso olhar para o céu sem medo de que algo me destrua, sem medo de ser consumido pelo terror, pelas drogas, pela bebida, pelo descaso ou pela solidão. Hoje, sou uma BORBOLETA que voa livre e sente no coração, a alegria de ver o seu passado esquecido num tempo escuro, sem o sopro do vento no rosto, sem asas para voar.
Caminhando ao vento, no relento, descobri que preciso do seu amor. Descobri que agora, sou capaz de te amar, pois Ele, no meio do caminho escuro mostrou-me a luz, e disse-me que me ama. É por isso que as minhas pegadas hoje, deixam as marcas no caminho e as minhas asas, quando quero voar, não são mais cortadas. Sou como a BORBOLETA que Deus ensinou a voar, por isso, hoje, livre sou!

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