sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Casa Abandonada.


Poema de: Francisco Rafael Dantas, mestre França

I
Casa velha abandonada
Caída sobre os escombros
Lá na beira da estrada
Servindo até de assombros
Seus moradores de outrora
Quem não morreu foi embora
Pra morar na cidade
Quem conheceu seu passado
Passando hoje ao seu lado
Somente tristeza e saudade.


II
As corujas e os morcegos
Hoje são quem moram nela
A procura de sossego
Se apoderam dela
A poeira se entranha
Em tecidos de aranha
Enfrentando um quadro triste
Nesta velha moradia
Onde outrora era alegria
Hoje a solidão existe

III
Nos janelões estragados
A casa do corredor
Ali muitos namorados
Fizeram juras de amor
Hoje se escuta o rangido
Do tabuado Encardido
Castigado pelo vento
E a tramela no chão
Talvez com recordação
De algum feliz momento.

IV
Num canto do agerol
Entre farrapos de panos
Vive um velho rouxinol
Morador há muitos ano
Tudo desapareceu
Só ele apareceu
Na sua morada certa
Todo dia se levanta
Bate suas asas e canta
Olhando a casa deserta.

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